SIGEOLITERART propõe desburocratização da universidade
SIGEOLITERART propõe desburocratização da universidade
O II Simpósio Internacional e III Simpósio Nacional de Geografia, Literatura e Arte acontece no auditório do Instituto de Estudos Sócio Ambientais (IESA) até domingo, dia 25 de outubro. A abertura foi realizada ontem, sexta-feira, às 19 horas com o tema “Espaços sensíveis: geografia da percepção e da emoção contemporânea”. O evento é coordenado pelos professores do IESA, Prof. Dr. Eguimar Felício Chaveiro e Profa. Dra. Maria Geralda de Almeida.
Na fala de abertura o professor Chaveiro enfatizou a importância do Sigeoliterart, “esse não é um evento marginal”, fazendo menção as dificuldades financeiras e a necessidade de reorganização estrutural da universidade para atender as demandas da pesquisa e do ensino. Em outro momento da sua fala o professor Chaveiro disse que “a literatura através da escrita salva o ser humano da loucura, mas não o salva da solidão absurda” e que “o Sigeoliterart serve para romper com a aridez da triste burocracia da universidade”.
Na programação constam nomes de referência internacional nas pesquisas que envolvem a literatura, o simbólico, a arte e a geografia como foco de análises de todas essas abordagens. A conferência de abertura foi realizada pelo professor Vicente Berdoulay, da Université del Pau et des Pays de l´Adour que desenvolveu tema sobre a busca do sujeito geográfico.
A pesquisa acadêmica nacional foi apresentada a partir da discussão de temas diversos. Nas sessões temáticas ocorridas neste sábado, foram trabalhados os eixos “Espaços vividos e arte no cotidiano: múltiplas narrativas”; “Cartografias da percepção: arte e cultura nas representações geográficas”; “Produção da subjetividade nos espaços rurais e urbanos e as lutas sociais na contemporaneidade”.
A mesa redonda “literatura indígena, grafias étnicas” teve como debatedores Ailton Krenak e Cristino Wapichana, que falaram a respeito das dificuldades e dos avanços da literatura indígena no mercado editorial nacional. “Não reconheço o termo literatura indígena, literatura é literatura”, pontuou Wapichana, autor do livro “O cão e o curumim”, ainda não lançado.
O evento se encerrará no domingo com a conferência do professor Dr. Júlio Suzuki, da USP e da professora Dra. Maria Geralda de Almeida, versando sobre o tema “Nos caminhos da geografia, o encontro com a literatura”.